quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Oficinas Bate-Papo Maneiro


1.    Tema

Grupo de Sexualidade na Adolescência: Oficinas Bate-Papo Maneiro

2.    Introdução/Justificativa

Partindo-se da concepção de adolescência como uma fase de transformações em que se vivenciam uma série turbulenta de mudanças não só físicas e psíquicas, mas também no que diz respeito à produção de uma identidade própria, vê-se a necessidade de intervenção/acompanhamento junto a este público.
Santos (1996) identifica a invenção da adolescência como um período típico do desenvolvimento, marcado pela turbulência, no qual o jovem não é nem criança nem adulto... Dentro dessa perspectiva, Santos cita como exemplos Freud e Piaget que, segundo ele, apresentam deficiências pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural, tendendo a identificar bases universais em suas proposições. (OZELLA, Sergio - Adolescência: Uma perspectiva crítica)

Tal atuação tem como objetivo de fornecer informações e suporte para as vivências do adolescer. Sempre considerando-a dentro de sua condição social, e não como um estado que possa ser generalizado e encaixado aos diferentes sujeitos da mesma forma.
Uma fase fortemente influenciada por aspectos familiares, sociais e culturais que chega a ser comparado com uma crise existencial por alguns autores. Sendo esta concepção de crise existencial predeterminada no adolescente um dos pontos de questionamento e discussão.

3.    Objetivos

·         Fornecer informações para que os adolescentes enfrentem os desafios presentes na fase que se apresenta;
·         Pensar a adolescência como uma condição social, para não generalizá-la enquanto crise existencial pré-determinada;
·        

4.    Metodologia

Este trabalho pretende buscar formas de intervir com estes adolescentes desenvolvendo oficinas sobre sexualidade. Durante a oficina os adolescentes trazem em questão dúvidas, inquietações e até mesmo relatos de suas experiências para serem discutidas no grupo.
Ao refletir a sexualidade a partir do contexto sócio-cultural, incluindo-se além dos aspectos fisiológicos também os aspectos psicológicos ampliam-se o senso crítico do jovem e sua visão de mundo. O diálogo se apresenta como o método para desconstruir os determinismos culturais.
As oficinas são realizadas em conjunto com comunidades, escolas e demais locais que demandarem tal necessidade. Ao inserir-se nestes espaços buscamos acolher as demandas trazidas pelos adolescentes, interando-se sobre seus modos de ser, pensar e agir, criando um vínculo mais próximo e efetivo, para ambas as partes.
São oficinas lúdicas que utilizam como metodologia vídeos, jogos de perguntas e respostas, produção de cartazes, planejados de acordo com o espaço e público-alvo no qual irão realizar-se. Em especial os vídeos exercem especial fascínio sobre os jovens envolvendo o receptor, instigando a sua sensibilidade, informando e permitindo uma projeção de questões individuais por trazerem questões amplas.
Na condução do grupo, o psicólogo deve manejar as resistências, as transferências, os acting-outs, estar atento aos papéis e vínculos estabelecidos e, no caso do grupo terapêutico, contar com a atividade interpretativa como seu instrumento. O condutor precisa ser continente e ter capacidade de integração, síntese e liderança. (BARROS, Monalisa Nascimento dos Santos – O psicólogo e a ação com o adolescente)

Algumas oficinas tem produto simbólico, fruto da reflexão desenvolvida a partir da discussão do tema central, outras tem produto concreto como é o caso dos cartazes que são montados sobre as mudanças físicas que são vivenciadas e descobertas na fase.

5.    Resultados e/ou produtos esperados

Pretende-se através destas atividades, fornecer subsídios para que os adolescentes possam enfrentar os desafios que estarão presentes durante o período em que deixam se ser crianças, mas que também não são adultos.

6.    Cronograma

Serão desenvolvidas reuniões mensais, conforme cronograma:


Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez




































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7.    Viabilidade

Os recursos para desenvolver o projeto ficam a cargo da parte interessada, conforme descrição abaixo:

Necessidade
Recurso
Projetor Multimídia
R$ 50,00 aluguel
Caixas de som
R$ 30,00 aluguel
2 cx de Camisinha Masculina
R$ 35,00
Espaço amplo com cadeiras
Da própria Instituição
Transporte
R$ 40,00
Almoço
R$ 45,00
3 Ajudas de Custo
R$ 97,35 * por pessoa/hora


*  Limite médio estabelecido para atuação junto a comunidades pelo Conselho Federal de Psicologia
** Os valores acima atribuídos são valores de referência e os materiais podem ser fornecidos pela própria instituição. Exceto a ajuda de custo, cujo valor deve ser pago em pecúnia.
Leopoldo Azollin, Marcelo Galle
Tema: Como o jovem percebe o processo de escolha profissional?
Foco: Obter um espaço onde estudantes do 3° ano do colégio da Uri, pudessem se posicionar sobre uma escolha profissional, discutindo seus anseios e perspectivas referentes a suas avaliações e escolhas a profissões preteridas a se fazer. Tivemos como premissa básica a idéia de construir a autonomia desse processo de opção no que se refere ao vestibular, tentando explorar as pressões que sofrem sobre este quesito.
Metas: Permitir a construção de um espaço aonde eles pudessem falar e discutir, a tensão que ocorre com a maioria dos jovens quando se tem que escolher sobre que profissão seguir;
             Tentativa de fazer com que eles jovens sintam- se mais ativos referentes ao exercício de pensar qual carreira profissional seguirem;
              Possibilitar discussões em grupo, com intuito de eles compartilharem entre si as dificuldades que estão enfrentando com esta problemática, trabalhando o vinculo, por passarem por pressões parecidas, como a família e a própria instituição de ensino;
Metodologia: Através de entrevistas individuais, grupo, dinâmicas. A duração do grupo tinha entre 1h e 01h30min, os encontros eram realizados na própria escola onde os alunos estudavam durante um mês e meio. Utilizamos do teste de orientação vocacional LIPP. Levantamento de interesse profissional.
Justificativa: Se fez importante realizar este trabalho, pelo fato de que as angustias de se fazer o vestibular e o que fazer, são vivencias que uma camada bem considerável de jovens hoje atravessa. Pressões que o meio social, a família e as instituições cobram. Também pelo fato de termos vivenciados quando adolescentes dificuldades no momento de escolha profissional, sendo necessária a cooperação externa para o amadurecimento da questão.
1- encontro: realizamos entrevistas individuais, onde falamos sobre a idéia de se formar um grupo para discutirmos com eles as questões referentes ao vestibular e outras demandas que poderiam surgir, obtendo também um primeiro contato;

         2- encontro: reforça mento da idéia do grupo e aplicação de duas dinâmicas;
         3- encontro: tentativa de poder discutir quais as dificuldades e tensões que cada estudante enfrenta em relação ao vestibular, utilizamos outra dinâmica;
         4- encontro: aplicação de teste vocacional LIPP;
         5- encontro: devoluções do teste vocacionais, e fechamento do grupo.



                           Tabela de Honorários Projeto Social
                                   Assessoria em psicologia
                                    Consultoria empresarial

                              Limite inferior/hora      110,76
                              Limite média/hora        228,52
                                 Superior/hora             256,57
                               Orçamento do Projeto Social

Profissionais
Horas/planejamento/campo
Custos estadia/alimentação/deslocamento/material
2
2x6 = 12 horas
160,00 + 200,00 + 20,00 + 20,00 = 400,00
Total
12 x 111,00 = 1332,00 + 400,00 =
1732,00

Projeto Social: A criança e a socialização através do lúdico.







PROJETO SOCIAL TEMA: A criança e a socialização através do lúdico.

TEMA: A criança e a socialização através do lúdico.

PÚBLICO ALVO: Grupo de crianças de 0 a 12 anos de idade, atendidas pelo NIEP e Pastoral da Criança do Bairro São Vicente.

FOCO: Retomar o compromisso que a Psicologia deve ter com todas as camadas sociais, visando contribuir na transformação da realidade social por meio da promoção da autonomia e da potencialização dos cidadãos para a construção de condições de vida mais dignas.

META: Considerando que brincar ainda é a melhor forma de aprender e socializar, este projeto volta-se para o atravessamento da Psicologia por intervenções interdisciplinares, a fim de contribuir para a construção de espaços socializadores mais democráticos, bem como para a inclusão social por meio dos direitos humanos e assim vir a possibilitar a ressignificação de alguns conceitos cristalizados sobre dadas perspectivas; desenvolver a percepção crítica acerca de determinantes sociais e com isso promover a emergência de novos significados a partir da problematização dessas experiências de vida.

METODOLOGIA: Desenvolver dinâmicas esporádicas a fim de promover a intervenção social, permitindo entre outros fatores, que seja ativo o processo de ampliação do campo imaginativo e perceptivo, além de propiciar espaço para abordar assuntos que dificilmente seriam tratados em outros espaços institucionais, rompendo assim o perfil de uma educação tradicional e bancária, para dar lugar a uma educação que venha a potencializar vontades de construir novas formas de aprendizagem e desestabilizar conceitos dados como certos, fortalecendo sujeitos cada vez mais ativos na construção de suas histórias.

JUSTIFICATIVA / INTERESSE DO GRUPO PARA DESENVOLVER O PROJETO: As práticas da Educação não-formal se desenvolvem usualmente extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identidárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais.
Como resultado imediato desse modelo de prática educativa destacam-se os méritos nos resultados obtidos pelos projetos sociais, em termos de melhoria das condições de vida das comunidades ou de um melhor desempenho na escola dos jovens participantes; a importância do resgate da memória local, etc.
Fica claro também a carência de pesquisas científicas, bem como, as carências na formação do educador que atua nos projetos, a necessidade da sistematização das metodologias pedagógicas utilizadas, a não continuidade das ações e a dificuldade de apoio às práticas desenvolvidas. A necessidade de atuar em redes e sair do isolamento local, assim como dar visibilidade ao trabalho das pessoas que estão atuando como educadoras sociais.
Os Projetos Sociais são desenvolvidos sob a bandeira da ‘inclusão social’ e que configuram uma área de práticas educativas - a da Educação não-formal. Trata-se de um campo que, na atualidade, domina a cena do associativismo brasileiro no meio popular, cria cenários e paisagens urbanas específicas.
A “crise da modernidade”, trouxe à tona a questão novos campos de produção de conhecimento e áreas do saber que estavam invisíveis ou não tratadas como conhecimento ou saber educativo e socializador. Estas outras racionalidades estão predominantemente presente nos trabalhos desenvolvidos no campo da Educação não-formal, que produzem a riqueza social de forma colaborativa em inúmeras ações e projetos coletivos.
A Educação não-formal é uma área designa um processo com várias dimensões. São processos de auto-aprendizagem e aprendizagem coletiva adquirida a partir da experiência em ações organizadas segundo os eixos temáticos: questões étnico-raciais, gênero, geracionais e de idade, cidadania, dignidade, responsabilidade social, etc.
Seus programas, quando formulados, podem ter duração variável, a categoria espaço é tão importante quanto a categoria tempo, pois o tempo da aprendizagem é flexível, respeitando-se diferenças biológicas, culturais e históricas.
Segundo Paulo Freire, 2000, haveria três fases bem distintas na construção do trabalho do educador social: a elaboração do diagnóstico, a elaboração preliminar da proposta de trabalho e o desenvolvimento e complementação do processo de participação.
A participação sócio-política e comunitária a partir de projetos construídos coletivamente, e que levam a uma intervenção social, contribuem para a transformação da realidade do público atendido, levam à melhorias urbanas, à geração de renda para famílias, ao desenvolvimento e formação de cooperativas. Os projetos que fomentam a participação cidadã dos jovens contribuem para o resgate da auto-estima, mas podem ir muito além-delineando projetos e trajetórias de vida
O Brasil desenhado por estes coletivos traz para o palco atores e sujeitos desconhecidos, as marcas de suas trajetórias criam uma identidade cultural que inclui a solidariedade e o olhar para os excluídos da atualidade.
Somente as metas de busca da eficácia, competência, resultados, talentos, não resolvem os desafios postos à sociedade. Algo mais é necessário, para que se contraponha ao modelo que está implantado no país, os movimentos sociais da Educação não-formal, são ferramentas importantes no processo de formação e construção da cidadania das pessoas, em qualquer nível social ou de escolaridade.
A Educação não-formal não substitui a escola, não é mero coadjuvante para simplesmente ocupar as crianças fora do período escolar, ela potencializa o processo de aprendizagem, complementando-o com outras dimensões que não tem espaço nas estruturas curriculares. A Educação não-formal tem seu próprio espaço-forma cidadãos dando elementos para uma nova cultura política.

AÇÕES:
- Desenvolver a sensibilidade pelo lúdico a fim de maior participação e interesse;
- Reconhecer a importância do conhecimento dos direitos humanos;
- Falar, ouvir e interpretar diversas e variadas situações de histórias para melhor desenvolver a capacidade pessoal do senso crítico.
- Explorar jogos e brincadeiras a fim de promover a interação;
- Instigar o interesse de diferentes assuntos a serem abordados no grupo;
- Manusear diversos materiais a fim de surgirem dúvidas e inquietações sobre informações dadas como corretas e verdades absolutas;
- Realizar semicírculos, grupos, trios, duplas, fileiras de forma a estimular as relações interpessoais;
- Realizar a “Hora do Conto” com fantoches, lâminas, tapete, álbum ilustrado e sanfonado, gravuras de flanelógrafo, dedoches e objetos realizando questionamentos orais  através de ilustrações;
- Realizar dinâmicas de grupo através de balões, bilhetes ilustrados, caixinha de recadinhos, veiculando os valores de integração grupal;
- Desenvolver os movimentos corporais através de brincadeiras como: dança do chapéu, dança do balão, balão surpresa, mímicas, dramatizações relâmpagos.

ORÇAMENTO DO PROJETO – PREVISÃO DE 03 ENCONTROS

QUANTIDADE
ÍTENS
VALOR
01
Decoração
R$ 100,00
01
Sacola brinde completa c/ material escolar
R$ 50,00
04
Sacola brinde básica c/ material escolar
R$ 72,00
01
Guloseimas distribuídas
R$ 150,00
01
Lanches p/ 35 crianças e 20 adultos
R$ 350,00
01
Divulgação
R$ 20,00
09
Horas de estagiários em Psicologia
R$ 396,00
09
Horas de estagiários em Psicologia
R$ 396,00
09
Horas de estagiários em Psicologia
R$ 396,00

TOTAL
R$ 1.930,00

 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. RJ, 2000.
FREITAS, M.F.Q. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. In: Psicologia: reflexão e crítica. POA, v.11, n.1, p. 175-189, 1998.
JEOLAS, L.S.; FERRARI, R.A.P. Oficinas de prevenção em um serviço de saúde para adolescentes: espaço de reflexão e de conhecimento compartilhado. In> Ciênc. Saúde coletiva. V. 8, n. 2, p. 611-620, 2003.
MOLON, S.I. Subjetividade, sujeito e atividade criadora: questões para a formação continuada de educadores(as) na abordagem sócio-histórica. In. ROS, S.Z.
MAHEIRIE, K; ZANELLA, A.V. (Orgs.). Relações estéticas, atividade criadora e imaginação: sujeitos e/em experiência. 1 ed. Florianópolis: NUP/CED/UFSC, 2006.
OLIVEIRA, F.O.; WERBA, G.C. Representações sociais. In. Strey, M.N.
GADOTTI, M. A questão da educação formal/não-formal. Sion, Suisse: Institut International dês Droits de l´enfant-IDE, 2005.
_____. Educação não-formal e cultura política. São Paulo: Cortez, 1999.
LAVALLE, A. A. G.; CASTELO, G.; BICHIR, R. Redes, protagonismos e alianças no seio da sociedade civil. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 30., 2006, Caxambu. Anais... Caxambu: MG: ANPOCS, 2006.
SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2000.
SZTOMPKA, P. A sociologia da mudança social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
TOURAINE, A. Crítica da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1994.
VATTIMO, G. O fim da modernidade: niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna. Lisboa: Presença, 1985.