terça-feira, 22 de novembro de 2011

O que os Trabalhadores pensam sobre segurança no trabalho?

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO DO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS SANTIAGO-URI

Andressa Ramalho, Andrieli Miquelin, Ademir Broetto
Psicologia VI
Projetos Sociais
Professora Andrea Coelho Scisleski

Tema- O que os Trabalhadores pensam sobre segurança no trabalho?

Foco- Criar um espaço onde os trabalhadores da parte da manutenção da tritícola Santiago RS, possam colocar suas vivências, e questões relacionadas a segurança no trabalho, assim como seu significado para os participantes do grupo.

Justificativa- Com isso o projeto propõe uma forma de criar um espaço para estes trabalhadores falarem sobre o assunto, sugerindo melhorias, explicitando suas experiências, assim como a possibilidade de relacionar como esta era concebida anteriormente e agora no presente.
                Neste setor, encontram atividades que cotidianamente expõem esses funcionários a riscos de acidente, sendo ainda essa equipe onde se deve concentrar a maior atenção para atividades de prevenção de acidentes, por isso exploramos este setor para nosso trabalho.
Metas- criar um espaço onde este grupo possa falar sobre suas experiências, colocando o que pensam sobre a segurança do seu trabalho e também solicitar novas possibilidades de pensar a segurança no local onde trabalham.
Metodologia- Através de grupos semanais formados pelos trabalhadores desse setor, com duração de cinqüenta minutos, realizados na própria oficina onde eles trabalham.







Reflexões das vivências no âmbito da Segurança do Trabalhador

            O presente projeto realizou-se na mecânica de manutenção da Cooperativa Tritícola de Santiago RS, sendo realizado semanalmente, totalizando três encontros, com duração de cinqüenta minutos cada.
Para nós o projeto foi muito interessante, pois nos proporcionou através dos relatos destes trabalhadores, conhecer melhor sobre o seu trabalho, e o quanto este necessita de medidas de segurança, porque quando estas não existiam esses trabalhadores colocavam sua própria vida em risco para garantir a sobrevivência de sua família e o lucro da empresa. Também podemos perceber o quanto estes falam da segurança sobre o próprio trabalho e o medo permanente do desemprego.

1° encontro- participação de seis trabalhadores
            Notou-se um pouco de resistência dos trabalhadores, porém quando questionados sobre o tema, segurança do trabalho, começaram a falar suas vivências, referentes à segurança, relatando como era o trabalho antes, quando não se tinha um técnico de segurança no trabalho, e nem equipamentos, trazendo com isso riscos para sua vida, “... tinha que se dar a vida para a empresa lucrar...” frase apresentada por um dos trabalhadores, não se interessando pela segurança de seus colaboradores. Foi também relacionado à questão de instabilidade do emprego, como uma insegurança, não sabendo o que pode acontecer no dia de amanhã, podendo vir a ficarem desempregados, sendo reforçado pela própria sociedade, onde se está impregnado que a empresa pode vir a falir, causando assim preocupações para os funcionários, em vista de delegarem o emprego como sua fonte de sobrevivência e de sua família.
            Foi feita logo após uma relação de como é agora o trabalho, com a implantação de equipamentos de proteção e profissionais especializados que fornecem informações sobre como se deve utilizar o material, citando a partir dai melhorias no próprio trabalho, onde não correm riscos como antes de perder a própria vida.
Observamos que nesse dia que todos os trabalhadores participaram da discussão.
2° encontro- participação de seis trabalhadores
            Podemos observar neste segundo dia, os trabalhadores mais ativos, trazendo a, morte do deputado José Francisco Gorski (Chicão), como uma medida de se ter mais segurança no trânsito, os cuidados que devem ser tomados nas estradas, trazendo a importância da honestidade na política, citando o próprio Chicão como exemplo, assim associando com os políticos que possuímos hoje em dia, considerados segundo eles em sua maioria corruptos, relacionando a diretoria da empresa a qual trabalham, a qual alegam haver desvios de verbas, comprometendo a estabilidade da empresa, acarretando na insegurança do emprego, associando a perca deste.
            Sugeriram que fossem criados espaços onde eles enquanto trabalhadores pudessem falar, e até mesmo esclarecer o que está sendo comentado sobre a empresa, trazendo então a necessidade de se ter uma satisfação de sentido de informação, de como anda a empresa, salientando a importância de reuniões com a direção, onde estes poderiam então explicar e esclarecer a situação atual da empresa, trazendo assim mais segurança ao saber como esta o seu andamento, e acabando com a insegurança que sentem sobre o seu emprego e o medo de ficar desempregado.
Observamos que nesse dia novamente todos os trabalhadores participaram da discussão.
3° encontro- participação de três trabalhadores
            No terceiro dia só havia três trabalhadores porque os outros quatro haviam ido para a cidade de Nova Esperança trabalhar, mas foi a forma de como viajaram dois trabalhadores, que foi apontada por um de seus colegas que estava presente no grupo como algo preocupante, porque dois haviam ido de moto e segundo ele as estradas não estão boas, e que se fosse ele não iria trabalhar sem que a empresa o levasse, mas nesse caso a empresa os levaria, ele mesmo se ofereceu para levá-los e havia arrumado um lugar para eles não voltarem a noite e ficarem lá, só que ambos não aceitaram porque disseram que tinham coisas para fazer aqui em Santiago e foram com suas motos, falou que isso é uma forma de não ter segurança, e quando questionados o que significava segurança para eles, um dos trabalhadores respondeu que as melhorias de segurança que ocorreram no trabalho ajudaram muito, porque tendo segurança se tem a vida que para ele é a coisa mais importante, o outro trabalhador falou que segurança para ele não é só restrita ao trabalho, mas sim na família também, onde ela está presente sempre na sua vida.
            Ao finalizar, em vista de relatos percebemos que a segurança do trabalho começa a ser um assunto tratado com maior importância por todos, que mesmo sem um profissional voltado as atividades de prevenção de acidentes, é de interesse de cada um trabalhar com segurança, considerando como prioridade.

Orçamento
Valores de Referencia Nacional de Honorários dos Psicólogos em R$ Atualizados pelo INPC até agosto de 07
                                                                                                                       

Tabela  de Honorários Projeto Social
 Assessoria em psicologia
Limite inferior/hora
Limite média/hora
Superior/hora

 Consultoria Empresarial
110,76
228,52
256,57



Orçamento do Projeto Social
Profissionais
Horas/planejamento/campo
Custos: estadia/alimentação/deslocamento/material
03
05x03=15 horas
500,00 + 550,00 + 100,00 +50,00= 1200,00
Total
15x230,00= 3450,00+1200,00 = 4650,00




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