1. Tema
Grupo de Sexualidade na Adolescência: Oficinas Bate-Papo Maneiro
2. Introdução/Justificativa
Partindo-se da concepção de adolescência como uma fase de transformações em que se vivenciam uma série turbulenta de mudanças não só físicas e psíquicas, mas também no que diz respeito à produção de uma identidade própria, vê-se a necessidade de intervenção/acompanhamento junto a este público.
Santos (1996) identifica a invenção da adolescência como um período típico do desenvolvimento, marcado pela turbulência, no qual o jovem não é nem criança nem adulto... Dentro dessa perspectiva, Santos cita como exemplos Freud e Piaget que, segundo ele, apresentam deficiências pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural, tendendo a identificar bases universais em suas proposições. (OZELLA, Sergio - Adolescência: Uma perspectiva crítica)
Tal atuação tem como objetivo de fornecer informações e suporte para as vivências do adolescer. Sempre considerando-a dentro de sua condição social, e não como um estado que possa ser generalizado e encaixado aos diferentes sujeitos da mesma forma.
Uma fase fortemente influenciada por aspectos familiares, sociais e culturais que chega a ser comparado com uma crise existencial por alguns autores. Sendo esta concepção de crise existencial predeterminada no adolescente um dos pontos de questionamento e discussão.
3. Objetivos
· Fornecer informações para que os adolescentes enfrentem os desafios presentes na fase que se apresenta;
· Pensar a adolescência como uma condição social, para não generalizá-la enquanto crise existencial pré-determinada;
·
4. Metodologia
Este trabalho pretende buscar formas de intervir com estes adolescentes desenvolvendo oficinas sobre sexualidade. Durante a oficina os adolescentes trazem em questão dúvidas, inquietações e até mesmo relatos de suas experiências para serem discutidas no grupo.
Ao refletir a sexualidade a partir do contexto sócio-cultural, incluindo-se além dos aspectos fisiológicos também os aspectos psicológicos ampliam-se o senso crítico do jovem e sua visão de mundo. O diálogo se apresenta como o método para desconstruir os determinismos culturais.
As oficinas são realizadas em conjunto com comunidades, escolas e demais locais que demandarem tal necessidade. Ao inserir-se nestes espaços buscamos acolher as demandas trazidas pelos adolescentes, interando-se sobre seus modos de ser, pensar e agir, criando um vínculo mais próximo e efetivo, para ambas as partes.
São oficinas lúdicas que utilizam como metodologia vídeos, jogos de perguntas e respostas, produção de cartazes, planejados de acordo com o espaço e público-alvo no qual irão realizar-se. Em especial os vídeos exercem especial fascínio sobre os jovens envolvendo o receptor, instigando a sua sensibilidade, informando e permitindo uma projeção de questões individuais por trazerem questões amplas.
Na condução do grupo, o psicólogo deve manejar as resistências, as transferências, os acting-outs, estar atento aos papéis e vínculos estabelecidos e, no caso do grupo terapêutico, contar com a atividade interpretativa como seu instrumento. O condutor precisa ser continente e ter capacidade de integração, síntese e liderança. (BARROS, Monalisa Nascimento dos Santos – O psicólogo e a ação com o adolescente)
Algumas oficinas tem produto simbólico, fruto da reflexão desenvolvida a partir da discussão do tema central, outras tem produto concreto como é o caso dos cartazes que são montados sobre as mudanças físicas que são vivenciadas e descobertas na fase.
5. Resultados e/ou produtos esperados
Pretende-se através destas atividades, fornecer subsídios para que os adolescentes possam enfrentar os desafios que estarão presentes durante o período em que deixam se ser crianças, mas que também não são adultos.
6. Cronograma
Serão desenvolvidas reuniões mensais, conforme cronograma:
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez |
X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
7. Viabilidade
Os recursos para desenvolver o projeto ficam a cargo da parte interessada, conforme descrição abaixo:
Necessidade | Recurso |
Projetor Multimídia | R$ 50,00 aluguel |
Caixas de som | R$ 30,00 aluguel |
2 cx de Camisinha Masculina | R$ 35,00 |
Espaço amplo com cadeiras | Da própria Instituição |
Transporte | R$ 40,00 |
Almoço | R$ 45,00 |
3 Ajudas de Custo | R$ 97,35 * por pessoa/hora |
* Limite médio estabelecido para atuação junto a comunidades pelo Conselho Federal de Psicologia
** Os valores acima atribuídos são valores de referência e os materiais podem ser fornecidos pela própria instituição. Exceto a ajuda de custo, cujo valor deve ser pago em pecúnia.
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